segunda-feira, janeiro 30, 2006

CENTENÁRIO DA PRÁ-KYS-TÃO

Este fim de semana fui convidado a participar no centenário da REAL REPÚBLICA DO PRÁ-KYS-TÃO. Para vos ser sincero já estou para ir a esta magnifica comemoração para mais de 10 anos, sim é verdade, 10 anos. Foi este ano a 28 de Janeiro de 2006, que eu marquei presença.
A digníssima festa teve inicio logo pela manhã, com os preparativos (o bacalhau à Brás, fazer a sangria, cortar o pão, as sobremesas, desocupar alguns espaços da casa, limpezas, etc.).
Ao almoço os Prá-Kys-Tãos tiveram como convidados os antigos residentes (Doutores e Engenheiros alguns já aposentados) com as respectivas famílias.
Eu, apenas fui convidado para o jantar. Cheguei por volta das 19:00 e os convivas ainda estavam sentadas à mesa. Falavam de politica, exames, recordações ... .
No cardápio do jantar constava; tudo o que já havia do almoço e para reforçar, isto porque a noite iria ser longa, uma feijoada à transmontana com arroz branco, muita cerveja e muita sangria.
Foi uma noite muito simpática, muitas meninas engraçadas e receptivas a três dedos de conversa. Lembrei-me do meu tempo de estudante e das festas da Residência Universitária (FMH).
Quero antes de mais agradecer ao meu grande amigo Bulhões o seu convite para a tão digníssima comemoração e faço-me desde já convidado para o próximo centenário. Quanto aos outros Prá-Kys-Tãos (residentes) o meu muito obrigado.

NO COMMENT

REAL REPÚBLICA DO PRÁ-KYS-TÃO (CASA DA NAU)

Fundada em 1951
Casa da Nau, Rua das Esteirinhas, nº 2
Coimbra

As repúblicas estudantis foram criadas pelo diploma régio de 1309 de D. Dinis, que ordenava a construção de casas na zona de Almedina destinadas a estudantes, mediante o pagamento de uma renda. O valor desta, seria definido por uma comissão nomeada pelo rei e constituída por estudantes e por «homens bons» da cidade.
O primeiro contacto com uma república é marcado pela ideia de comunidade. Estas casas são geridas pelos próprios estudantes residentes que, democraticamente, decidem as suas questões por unanimidade.

Nevou em Portugal (Lisboa, Évora, Figueira da Foz ...)


Foto: Paulo Novais/Lusa

As baixas temperaturas que se registam em todo o País provocaram a queda de neve nos locais mais inesperados. É o caso de Lisboa, onde não se registava tal «fenómeno» vai para quase 49 anos.
Com os termómetros a registarem cerca de dois graus, a chuva que se fez sentir durante praticamente toda a manhã foi substituída momentaneamente às primeiras horas da tarde por flocos de neve. A última vez que nevou na capital remontava a 3 de Fevereiro de 1957.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Imaginação



Boa noite!
Meus caros amigos, colegas e visitantes assíduos do blog. Hoje, estou mesmo sem imaginação nenhuma. Só tenho que pedir desculpa.
Espero amanhã estar melhor.
Abraços e beijinhos

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Parabens a voçê...


Tia Berta, neste dia de aniversário gostava de deixar aqui expresso o meu carinho e amizade. Quero-lhe desejar um dia feliz na companhia daqueles que mais gosta.
Um beijinho e muitas felicidades.

PS- envio-lhe essas lindíssimas flores virtualmente.

SALOIO!

No canal RTP, no programa PRÓS E CONTRAS de segunda feira, 16/01/2006, conduzido pela jornalista Fátima Campos Ferreira, falou-se sobre a nossa identidade. No debate havia varias personalidades, como convém, importantes da nossa praça.
A dada altura um dos convidados falou de SALOIO (pensei no pão, no queijo), não, não era nada disso que estava a falar era da nossa identidade!! E acrescentou: O português é saloio por natureza; tem a árvore de Natal maior da Europa, tem a segunda maior ponte da Europa, Portugal é o pais que detém maior numero de recordes no "Guinness World Records",...
Estava a ouvi-lo e a pensar com vontade de acrescentar: tem uma taxa de desemprego elevadíssima, o ordenado mínimo é uma miséria comparado com os nossos vizinhos, maior numero de telemóveis por pessoa, sei lá... .
Portugueses, vamos produzir!
O MUNDO MUDOU!

Os maiores chifres do mundo são portugueses




Os maiores chifres do Mundo de um bode, com 1,09 metros de ponta-a-ponta, são portugueses, reza a edição comemorativa dos 50 anos do livro "Guinness World Records", de 2005.

NO COMMENT

Quem diria!

:Ilhas

Bom dia!
Recomendo, passem por lá.

http://www.ilhas.blogspot.com

terça-feira, janeiro 24, 2006

«O Fiel Jardineiro»


«O Fiel Jardineiro» é acima de tudo uma história de amor, no sentido lato; o amor por uma mulher, por uma causa e por um continente.
A ficção começa por nos apresentar Justin (magnífico Ralph Fiennes, de uma contenção à prova de bala), um oficial diplomático do governo britânico, e a sua mulher, Tessa (bela e ambígua Rachel Weisz) , uma activista militante. Pouco depois do casamento, Justin é destacado para o Quénia e o casal instala-se em Nairobi.
Uns meses mais tarde, Tessa e o seu amigo Arnold (Hubert Kounde), um médico africano, são encontrados mortos.
Narrativa que imbrica a história de amor entre Justin e Tessa com a intriga global composta pela promiscuidade entre a indústria farmacêutica e a diplomacia britânica, este é um feliz exemplo do casamento entre a diversão e a reflexão. E há duas coisas particularmente comoventes neste filme:
  • A primeira é a forma como dá a ver as vidas com diferentes preços: África surge como um continente maldito permanentemente colonizado (transformando-se a antiga colonização política numa neo-colonização económica). Uma vida no Quénia vale muito pouco e poucos se importam com isso (eles são tantos que, se não os podemos ajudar a todos, mais vale não ajudarmos nenhum…).
  • A segunda é a maneira como Justin vai acabar por completar o trabalho da sua mulher na ausência dela. É nessa viagem também de auto-descoberta que, vendo as coisas com os próprios olhos, Justin percebe melhor a mulher e acaba por partilhar o seu ponto de vista. É, no fundo, através da reconstituição da vida (algo secreta) dela que ele acaba por sublimar o amor entre os dois.

Pois é! Durante 2h 08m muitas vezes pensei nos momentos muitos difíceis que vivi em Maio de 2005. Senti-me na pele do Justin.
É um filme que vale a pena ir ver.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

As Lapas! São Óptimas!


Mais uma vez fica provado que a língua portuguesa é muito traiçoeira. Nos açores a palavra lapa tem duplo significado dependendo do contexto.
Este molusco gastrópode (LAPA) marisco que pode ser comido cru ou grelhado com manteiga, alho e sumo de limão é uma maravilha. Deverá ser acompanhado com um bom vinho branco (da Ilha do Pico) ou cerveja Especial.
Quando forem aos Açores não se esqueçam de as provar.

Figura: Lapa brava.
Foto de: RS Santos © ImagDOP.

As lapas são moluscos gastrópodes e pertencem à família Patellidae. Caracterizam-se por possuírem uma única concha quase oval e ligeiramente cónica, com a forma de um chapéu chinês. O pé, que é um músculo poderoso, actua de modo semelhante a uma ventosa, permitindo a fixação do organismo à rocha onde vive.

Nos Açores existem duas espécies de lapas que se distinguem pelas seguintes características:


Lapa brava, lapa de mergulho ou lapa do fundo (Patella ulyssiponensis aspera)
A concha tem uma cor clara, é espessa com os bordos muito irregulares, e pode atingir os 10 cm de comprimento máximo. O corpo (pé) apresenta uma cor amarelada. A lapa brava vive sempre imersa e pode ser encontrada até cerca de 12 metros de profundidade.


Lapa Mansa ou lapa da pedra (Patella candei)
A concha tem uma cor escura, é mais lisa e fina que a da lapa brava, e possui bordos bastante regulares, podendo atingir os 8 cm de comprimento máximo. O corpo (pé) apresenta uma cor cinzento escuro. A lapa mansa vive na zona entre-marés, mas encontra-se perfeitamente adaptada às "secas" que sofre duas vezes por dia.
Ambas as espécies vivem preferencialmente em zonas de costa muito expostas à acção das ondas, sendo por isso mais abundantes nas costas norte das ilhas. As lapas alimentam-se raspando a rocha com um órgão especializado - a rádula (semelhante a uma serrilha) - existente na boca. O seu alimento preferido são as algas, mas podem também consumir pequenos organismos como bactérias e larvas de outras espécies. Em volta de cada indivíduo existe, geralmente, uma área desprovida de algas frondosas (território) que foram limpas pela lapa ao se alimentar. Com o seu modo de alimentação as lapas condicionam o espaço disponível para as algas se fixarem desempenhando, por isso, um papel ecológico importante nas comunidades costeiras.
As lapas são hermafroditas sequenciais, mudando de sexo enquanto crescem, normalmente as pequenas são machos e as maiores fêmeas. Para se distinguir o sexo é necessário abrir o organismo e ver a cor da gónada (vulgarmente chamadas de "ovas") - os machos tem a gónada amarela e as fêmeas são bordeaux. O período de reprodução destes organismos ocorre entre Outubro e Maio. (...)

http://www.horta.uac.pt/projectos/MSubmerso/199912/ferraz.htm



Cavaco (Silva) e Cavaco (Scyllarus)

Quando eu era novo, no séc. XX (1980) e se falava de Cavaco... é Presidente do PPD/PSD, é o Primeiro Ministro ... no inicio fazia-me alguma confusão. O único cavaco que conhecia era o cavaco que se comia nos dias especiais; no aniversário do meu querido Tio Victor, num baptizado dos meus primos ou no dia que o meu pai José Manuel se lembrava de nos presentear à mesa com este magnifico marisco (muito superior à Lagosta). Belos tempos!
Pois é, agora nos açores temos o cavaco marisco e o Cavaco Presidente!



Figura 1: Cavaco. Figura 2: Dr. Cavaco Silva. Figura 3: Cavaco.
Nos Açores existem 2 espécies de cavaco, o cavaco-anão (Scyllarus arctus) e o cavaco (Scyllarides latus), sendo apenas a última comercialmente explorada. Entre Maio e fins de Setembro os cavacos encontram-se a profundidades entre os 5 e os 40 metros, começando em Outubro a migrar para profundidades que chegam a atingir mais de 100 metros, onde permanecem até ao mês de Abril seguinte. Esta migração está relacionada com a reprodução, que acontece entre Junho e Agosto. O alimento principal dos cavacos durante o Verão são as lapas, não se sabendo ainda qual é o alimento que consomem quando realizam a migração vertical, visto que as lapas não vivem abaixo dos 12 metros de profundidade. Quanto à reprodução, os sexos são também separados, e os cavacos têm uma reprodução e desenvolvimento larvar idêntico ao das lagostas.
É proibida a captura de cavacos entre 1 de Maio e 31 de Agosto, e o tamanho da carapaça, medido da mesma forma que nas lagostas, não pode ser inferior a 17 cm.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Meninos Presidenciais- Versão 2006

AGENDA PRESIDENCIAL
20/01/2006
Cavaco Silva, a festa e o comício de encerramento realizam-se no Pavilhão Atlântico.
Manuel Alegre, a termina a campanha na sua terra natal, em Águeda, distrito de Aveiro, com um jantar.
Mário Soares, termina a campanha com um jantar-comício no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Francisco Louça, tem um jantar de encerramento da campanha na Estufa Fria.
Jerónimo de Sousa esse optou também com um comício no Porto.
Garcia Pereira, coitado, o seu encerramento de campanha vai ser com os amigos talvez no Barreiro, Bairro Alto, na Ajuda ou talvez em Alcântara.
Gostava de tecer aqui alguns comentários (não sou comentador politico):
Dr. Cavaco – um senhor, mesmo não concordando com algumas coisas ditas foi sempre durante a pré-campanha e campanha um senhor. Uma postura digna!
Dr. Alegre – Foi simpático “Alegre”, necessita de mais experiência, tarimba ... Pode aproveitar os próximos tempos (cinco anos) para escrever mais uns poemas, etc, etc... .
Dr. Mário Soares – Foi uma péssima pré-campanha e de uma de uma baixeza na campanha num blog perto de si, a estratégia foi a pior, ELE, ELE (...) escuso-me de comentar entrevistas, debates, colóquios, os seus comentários são tristes ...
Sugestão: Não seria boa hora o Dr. Mário Soares calçar as pantufas sentar-se em frente à TV ver e rever o Canal História, entre outros, e ao final do dia ir à escola (Colégio) ver se tudo está em ordem?
Dr. Louçã – menino da catequese … pode ser que daqui alguns anos seja um grande politico. Necessita de mais, para mim não me cheira... .
Sr. Jerónimo – parece o Gato Fedorento...
Dr. Garcia Pereira – é mais um! Quando era criança pensou “quando eu for maior mais grande quero ser candidato a Presidente de todos os Portugueses”, enfim...


Meus amigos, um bom fim-de-semana e já agora não se esqueçam de votar. Eu, infelizmente não vou poder exercer o meu direito de voto!
Abraços

Arq. Ricardo Bofill


Ricardo Bofill, um dos mais internacionais arquitectos espanhóis, nasceu em 1939, estudou arquitectura em Barcelona e em Genebra.
“Em 1963 criou o seu gabinete de arquitectura, com características inovadoras. No ateliê trabalhavam, além dos arquitectos e engenheiros, sociólogos, filósofos e até poetas”.
É caso para perguntar: Quem será o arquitecto português que podemos comparar com o Sr. Arq. Bofill? Será o Arq. Taveira? Arq. Sisa Vieira?
A nota importante que gostava de aqui deixar é que: esse senhor juntamente com o Arq. João Caíres desenharam juntamente o “Colombo´s Resort”; um empreendimento turístico topo de gama implantado na costa Sul da Ilha do Porto Santo (Madeira) junto à faixa de nove quilómetros de areal e que está concluído dentro de dois anos (2008).

Jornal Expresso de 14/01/2006

Exemplo FRIZE


" Para se atingir o sucesso é fundamental ser-se apaixonado pela marca com que se trabalha"
Maria João Serras, Gestora da Marca Frize
In Estudo "Integração da Frize na Compal", 2005, JMSeruya

A Flor caracteristica dos Açores - A Hortênsia ou Hortência ??


Nome científico: Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.
Nome comum: Hortensia, Novelo
Familia: Hydrangeaceae
Género: Hydrangea L.
Observações: Espécie grande invasora e perigosa para a flora indígena e endémica dos Açores.
Acreditem! Eu não estou a inventar esta observação. Pois então vejam em http://www.horta.uac.pt/species/plantae/inicio.htm
Boa Noite a todos.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Criptomeria a árvore dos Açores


Cryptomeria japonica

Espécie monóica. Árvore cónica ou piramidal estreita, atinge os 50m. Folhagem persistente, copa densa eventualmente com ápice arredondado. Ritidoma espesso, fibroso, desprendendo-se em tiras. Ramos irregularmente verticilados e horizontais. Gomos protegidos por pequenas folhas imaturas. Folhas lineares, assoveladas, vértice encurvado para dentro, romboidais em secção transversal. Pinhas em posição terminal nos raminhos mais robustos.

Foi AQUI que eu nasci (15/01/1973) - Lomba da Maia - São Miguel Açores


Lomba da Maia...

Freguesia de sonhos, terra de encantos,
revestida com uma manta de tons esverdeados,
desde os altos montes salpicados de Criptomérias
às grandes pastagens rodeadas de hortenses.


Meus amigos, gostaria que viessem à minha Lomba da Maia (aldeia pequena mas simpática) mas, enquanto não decidem entrem no site (http://lombadamaia.planetaclix.pt/).
Depois, aguardo os vossos comentários.

Abraços do Açoriano

Poça da D. Beija

Furnas é uma freguesia portuguesa do concelho da Povoação, com 33,88 km² de área e 1 541 habitantes (2001). Densidade: 45,5 hab/km². Localiza-se a uma latitude 37.7667 (37°'46) Norte e a uma longitude 25.31667 (25°19') Oeste, estando a uma altitude de 303 metros. Localiza-se a este de Ponta Delgada e Lagoa e sudoeste de Ribeira Grande. As principais actividades económicas são a agricultura e turismo. Confronta com o Oceano Atlântico a sul e montanhas a norte.
As Furnas são muito conhecidas pelas suas águas térmicas, nomeadamente as caldeiras, a poça da Beija e piscinas térmicas. Para além disso as furnas são conhecidas pelo hotel Terra Nostra constituido por uma piscina natural de águas termais e um magnifico jardim botânico. Também é nas Furnas que se encontra uma lagoa (Lagoa das Furnas).
As furnas, propriamente ditas, umas em permanente ebulição, libertando nuvens de vapor e enxofre, outras vocacionadas para a confecção do célebre cozido das furnas e as restantes libertando apenas ténues fumarolas; as fontes de água quente, a escaldar ou completamente gelada; a piscina de água ferrosa; e a pitoresca Poça da Beija, uma pequena gruta parcialmente submersa, berço de uma nascente de água tépida que faz as delícias de quem nela mergulha. É um verdadeiro «jacuzzi» natural!

Lealdade

Estou a frequentar uma formação de dois dias na área de Gestão de Clientes. O nosso digníssimo formador é professor na Universidade Católica escola de referencia ... .
Estávamos a falar da importância do cliente, da fidelização do cliente, confiança e da lealdade do cliente com a nossa empresa e apresentou-nos um slide com a seguinte história que não sei se é verdadeira ou não (quase ípsis verbis):

... um dia um repórter perguntou à mulher do grande cientista Albert Einstein o que pensava sobre Teoria da Relatividade Especial e a Teoria Quântica da Luz ... a distinta senhora respondeu: Bem, não conheço muito bem a tal Teoria da Relatividade (...) mas, eu conheço-o, se ele o diz ... eu acredito nele ...
Isto é lealdade

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Geografia dos Açores

Não me levem a mal mas, tenho visto e ouvido em alguns programas da TV (Quem quer ser Milionário, entre outros) pessoas que não sabem quantas ilhas são constituídas o arquipélago dos Açores, quais são as que fazem parte do grupo Ocidental, Oriental e o Central. E eu como Europeu, Português e Açoriano custa-me. Aproveito aqui para relembrar aos esquecidos a geografia dos Açores.
Considerados a fronteira ocidental da CEE, os Açores ocupam uma área total de 2.333 Km2 albergando uma população residente à volta dos 237.000 habitantes e, dada a dispersidade geográfica das suas ilhas, abrangem uma Zona Económica Exclusiva de cerca de 940.000 Km2.
Dada a proximidade geográfica inter-ilhas, agrupam-se estas em três grupos diferentes, nomeadamente, o Grupo Oriental constituído pelas ilhas de Santa Maria e São Miguel, o Central integrando a Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial e, finalmente, o Ocidental que engloba as ilhas das Flores e Corvo, sendo a menor distância entre ilhas de cerca de 6 Km, Faial-Pico e a maior rondando os 600 Km, Santa Maria ao Corvo.

Lagoa das Sete Cidades


Boa Noite!
Estava aqui a ler as ultimas noticias das minhas saudosas ilhas. Estou com saudades! Saudades de comer uma boa Caldeirada de Bacalhau confeccionada nas furnas, bolos lêvedos com doce de uva (feito pela D. Helena, a minha mãezinha), de chicharros com molho de vilão e um copo de vinho de Cheiro... e muito mais!
Infelizmente tive de emigrar para a Capital por várias razões (...), mas não estou arrependido!
Gostava de aqui deixar esta linda lenda sobre a razão das duas cores da Lagoa das Sete Cidades.

Em época recuada, existia, no lugar onde hoje fica a freguesia das Sete Cidades, um reino próspero e aí vivia uma princesa muito jovem, bela e bondosa, que crescia cada dia em tamanho, gentileza e formosura. A princesa adorava a vida campestre e frequentemente passeava pelos campos, deliciando-se com o murmurar das ribeiras ou com a beleza verdejante dos montes e vales.
Um dia, a princesa de lindos olhos azuis, durante o seu passeio, foi dar a um prado viçoso onde pastava um rebanho. À sombra da ramagem de uma árvore deparou com o pastor de olhos verdes. Falaram dos animais e de outras coisas simples, mas belas e ficaram logo apaixonados.
Nos dias e semanas seguintes encontraram-se sempre no mesmo local, à sombra da velha árvore e o amor foi crescendo de tal forma que trocaram juras de amor eterno.
Porém, a notícia dos encontros entre a princesa e o pastor chegou ao conhecimento do rei, que desejava ver a filha casada com um dos príncipes dos reinos vizinhos e logo a proibiu de voltar a ver o pastor.A princesa, sabendo que a palavra do rei não volta atrás, acatou a decisão, mas pediu que lhe permitisse mais um encontro com o pastor do vale. O rei acedeu ao pedido.
Encontraram-se pela última vez sob a sombra da velha árvore e falaram longamente do seu amor e da sua separação. Enquanto falavam, choravam e tanto choraram que as lágrimas dos olhos azuis da princesa foram caindo no chão e formaram uma lagoa azul. As lágrimas caídas dos olhos do pastor eram tantas e tão sentidas que formaram uma mansa lagoa de águas verdes, tão verdes como os seus olhos.
Separaram-se, mas as duas lagoas formadas por lágrimas, ficaram para sempre unidas e são chamadas de Lagoas das Sete Cidades. Uma é a Lagoa Azul, a outra é a Lagoa Verde e em dias de sol as suas cores são mais intensas e reflectem o olhar brilhante da princesa e do pastor enamorados.
É lindo não é?

quinta-feira, janeiro 12, 2006

O amor é uma companhia!

O amor é uma companhia

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa

E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro